O que The Circle tem a nos ensinar sobre marketing?

O que “The Circle” tem a nos ensinar sobre marketing?…O filme The Circle (O Circulo),  com Tom Hanks e Emma Watson, nos leva a pensar seriamente sobre o poder da tecnologia e como o controle da informação pode mexer com a gente. E olha, não é só isso, viu? Mais do que qualquer outra coisa, ele “joga na nossa cara” umas lições bem valiosas sobre o marketing no mundo de hoje. A história, envolta em um universo dominado pela transparência excessiva e pela necessidade de conexões ininterruptas, nos leva a pensar: até que ponto o marketing está se transformando e como podemos aprender com essa narrativa? Vamos saber um pouco mais: 

A Transparência: O Limite entre o Marketing Eficaz e a Exposição Excessiva

No filme, a transparência é apresentada como o valor máximo da sociedade. Todos precisam compartilhar suas vidas o tempo todo, o que lembra muito a forma como muitas marcas se comportam hoje, não é mesmo? Elas estão sempre se expondo, tentando se conectar com o público de uma maneira genuína. Mas, até que ponto essa transparência é saudável?

No marketing, ser transparente é essencial pra ganhar a confiança dos consumidores. Mas, como o filme mostra, tem um limite pra tudo. Exagerar na dose de informação pode desgastar a marca e acabar com a autenticidade. A transparência tem que ser usada com cuidado, equilibrando o que é compartilhado e respeitando a privacidade, tanto da marca quanto dos consumidores. Porque, afinal, assim como no filme, ninguém quer ver o marketing virar uma ferramenta de controle e manipulação, não é?

Conexão Total: Quando a Proximidade com o Cliente se Torna Invasiva

Uma das mensagens mais fortes de “The Circle” é a relação com a proximidade exagerada. A empresa do filme promove uma cultura de conexão constante, em que cada movimento é monitorado e compartilhado. Isso levanta uma questão fundamental para o marketing: até que ponto devemos estar próximos dos nossos clientes?

Os dados do Relatório Global sobre Privacidade e Proteção de Dados de 2023 mostram que 60% dos consumidores preferem marcas que respeitam a privacidade e evitam ser muito invasivas. Isso deixa claro que, mesmo valorizando a personalização e o atendimento individualizado, os consumidores têm um limite. Existe uma linha fina entre ser relevante e ser invasivo.

Ou seja, os dados pessoais devem ser usados pra criar experiências significativas, e não pra transformar a marca numa sombra que segue o cliente por todo canto. Como bem diz Shana Wajntraub no seu livro sobre marketing humano: “não se trata só de vender, mas de construir relações éticas e respeitosas”.

FOMO e o Poder da Exclusividade

“The Circle” também faz uma crítica à cultura do FOMO (Fear of Missing Out), ou o medo de ficar de fora. No filme, as pessoas são incentivadas a compartilhar cada momento para não serem esquecidas. Isso se assemelha à pressão que os consumidores enfrentam atualmente, sendo constantemente incentivados a consumir conteúdo e a fazer parte das tendências.

Para o marketing, o FOMO é uma ferramenta poderosa. Promoções relâmpago, lançamentos exclusivos e campanhas limitadas criam uma sensação de urgência e de valor. No entanto, é essencial usar essa tática de forma que não gere ansiedade ou desgaste para os consumidores. Al Ries e Jack Trout, em seu livro “Posicionamento”, destacam que a verdadeira estratégia está em tornar o produto relevante e desejável, não apenas em criar uma corrida pelo medo de perder.

A Importância de uma Narrativa Autêntica

Uma outra lição valiosa de “The Circle” está na criação de uma narrativa que parece, à primeira vista, genuína. A empresa apresenta uma história de inovação e progresso, mas com segundas intenções que nem todos enxergam logo de cara. Isso nos leva a refletir sobre a importância de uma narrativa autêntica em nossas campanhas de marketing.

As marcas precisam contar histórias reais, que se conectem de verdade com seus consumidores. Um exemplo disso é a campanha “Real Beauty” da Dove, que se destacou pela autenticidade ao falar sobre beleza real, em contraste com os padrões inalcançáveis propagados por outras marcas. Aliás, um TED Talk inspirador sobre isso é o da Brené Brown, que discute a vulnerabilidade como ferramenta de conexão.

Portanto, a narrativa autêntica é uma arma poderosa no arsenal de qualquer profissional de marketing. Ela nos lembra que as pessoas buscam por marcas que compartilhem valores e que tragam propósitos reais. Assim sendo, ao criar campanhas, precisamos ser transparentes em nossas intenções e honestos sobre o que podemos oferecer.

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O que The Circle tem a nos ensinar sobre marketing? Reprodução: filme: The Circle. Reprodução: Filme/ The Circle
O que The Circle tem a nos ensinar sobre marketing? Reprodução: filme: The Circle. Reprodução: Filme/ The Circle

Como Construir Confiança em um Mundo Digital

No filme, vemos claramente como a tecnologia pode ser tanto uma aliada quanto uma vilã. Aliás, essa dualidade se aplica ao marketing também. Por exemplo, as redes sociais, os sistemas de automação e o uso de dados nos permitem conhecer e nos aproximar do público como nunca antes. No entanto, para que essa proximidade seja saudável, precisamos construir confiança. Portanto, ao utilizarmos essas ferramentas, devemos focar em criar relações autênticas e respeitosas, garantindo que o público se sinta valorizado e não apenas vigiado.

Gary Vaynerchuk, em “Jab, Jab, Jab, Right Hook”, lembra que o marketing digital precisa agregar valor antes de pedir algo em troca. Primeiro, oferecemos algo ao consumidor, depois fazemos a oferta. Criamos uma relação baseada em valor, não em uma transação qualquer. Quando geramos valor antecipadamente, conquistamos a confiança de forma natural. E, convenhamos, é assim que as relações mais duradouras funcionam: primeiro cuidamos, depois recebemos o retorno.

Resumindo

Em suma, The Circle traz uma visão intrigante sobre os perigos do marketing quando a transparência vira obsessão e a conexão se transforma em invasão. Pra gente, que trabalha com marketing, fica a lição de que o poder da informação e da tecnologia precisa ser usado de forma ética e respeitosa, sempre buscando criar experiências que realmente façam sentido pros nossos consumidores. Porque, no fim das contas, o verdadeiro sucesso está em construir relações autênticas, em que o cliente se sente valorizado, não apenas vigiado.

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Juh Macedo

Juh Macedo

Olá! Sou Juh Macedo, autora e criadora do Portal Digital JM, um espaço onde transformo o universo do marketing em algo mais simples e acessível para todos. Meu objetivo é ajudar você a entender, de forma prática e descomplicada, como a linguagem do marketing pode transformar negócios e ideias. Aqui, compartilho conhecimentos, estratégias e insights que podem fazer a diferença no mundo digital. Vamos aprender juntos?

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