A ascensão silenciosa dos influenciadores de IA
Até pouco tempo, influenciador era sinônimo de gente como a gente. Sorrisos reais, histórias de superação, opiniões autênticas. Mas, de uns tempos pra cá, algo mudou. Eles não são de carne e osso, mas já estão marcando presença, os influenciadores de IA estão surgindo por todos os lados.
Eles são lindos, estilosos, impecáveis. Nunca dormem, não reclamam e, pasme, já têm contratos milionários com grandes marcas como Balmain e Samsung. Segundo a Control F5, em 2023, cerca de 60,4% das marcas já haviam apostado em influenciadores virtuais para suas campanhas.. E esse número só cresce.
O que são, afinal, influenciadores de IA?
Influenciadores de IA são personagens criados digitalmente com base em algoritmos e machine learning. Eles ganham nome, personalidade, estilo, voz e até “rotina”. Um exemplo? Lil Miquela, a garota que não existe, mas se comporta como uma adolescente comum de Los Angeles, já conquistou mais de 2,5 milhões de seguidores no Instagram.
Mas por que isso atrai tanto? Simples. A IA permite que a marca controle tudo. Do tom de voz à agenda de postagens, passando por looks perfeitos e discursos sempre “politicamente corretos”. Parece vantajoso, certo? Ainda assim, a pergunta que não quer calar: isso é mesmo influência real?
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Humanos x IA, quem leva a coroa?
Se por um lado os influenciadores de IA entregam perfeição visual e segurança para as marcas, por outro, faltam falhas, histórias reais e vulnerabilidades. E é justamente isso que conecta pessoas a pessoas. A empatia nasce da imperfeição. Em outras palavras, é difícil se identificar com quem nunca teve uma espinha, um dia ruim ou um perrengue amoroso.
Aliás, uma pesquisa da Hootsuite em 2024 revelou algo que não dá pra ignorar: 74% dos consumidores ainda confiam mais em influenciadores de carne e osso na hora de decidir por um produto. Fala sério, isso diz muita coisa, né?
As vantagens (e armadilhas) dos influenciadores de IA
Com visual impecável sob medida, os influenciadores de IA não se metem em confusão, não furam contrato e, pasme, estão disponíveis 24 horas por dia, sete dias por semana, sem drama, sem pausa. Eles podem ser moldados para cada público, cada campanha. Parece um sonho corporativo.
No entanto, como toda moeda tem dois lados, existe o risco de afastamento emocional da audiência. Porque, convenhamos, seguidores querem conexão. E conexão não se programa com código. Constrói-se com história, verdade e emoção.
Como os influenciadores reais podem se manter relevantes
A saída não é bater de frente com a IA nas habilidades dela, e sim valorizar com força total, aquilo que só a gente, humanos de verdade, consegue entregar. Histórias reais, bastidores, erros, bastidores do cotidiano… Tudo isso aproxima. A autenticidade se tornou o diferencial mais valioso da era digital.
Além disso, o uso da própria IA como aliada pode ser um trunfo. Criadores que combinam inteligência artificial com storytelling autêntico criam experiências únicas. Assim sendo, não se trata de uma guerra, mas de uma parceria estratégica.
O futuro do marketing está nos híbridos?
A tendência que se desenha é clara: influenciadores híbridos, que unem o carisma humano à eficiência da IA, têm grande potencial. O influenciador do futuro pode usar IA para criar conteúdos mais dinâmicos, personalizar respostas, prever tendências e entregar valor em dobro.
Shana Wajntraub, fera em estratégia digital, já dizia com todas as letras: ‘tecnologia vale mesmo quando potencializa o humano, e não quando tenta tomar o lugar dele.’ É exatamente nesse caminho que devemos seguir.
Então… influenciadores de IA vão tomar o lugar dos reis?
Por mais que a IA avance (e vai avançar!), a influência de verdade nasce do toque humano. É aquela lágrima no olho ao ouvir uma história parecida com a sua. É aquele conselho dado na hora certa, com a palavra certa.
Influenciadores de IA são incríveis, sim. Mas não respiram, não sofrem, não amam. E, acima de tudo, não sentem. E é no sentimento que mora o poder da influência genuína.
Resumindo: Influenciadores de IA vão dominar?
A inteligência artificial pode até brilhar no feed. Mas são as pessoas reais que brilham na alma do público. Portanto, se você é influenciador ou marca, foque em ser real. Mostre bastidores, erros, conquistas. Use a IA como aliada, não como substituta.
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